SOBRE A AUTOCRÍTICA
- Susana Vaz
- 29 de fev. de 2020
- 1 min de leitura
Muitas vezes em consulta, e sendo tranversal às várias problemáticas, torna-se clara a autocrítica subjacente. "Não me devia sentir assim", "Devia lidar melhor com isto", "Isto é uma estupidez", "sou um(a) falhado(a) " são apenas alguns dos exemplos. E se na maioria das vezes nos parece impensável dizer algo assim a alguém, é muitas vezes esta a forma como "falamos" connosco próprios. O que se torna bastante perigoso é estarmos tão habituados a fazê - lo, que nos passa simplesmente ao lado que nos tratemos assim, como se fosse algo natural.
Mas imaginem o seguinte: As diferenças na forma como "falamos" connosco, são as diferenças entre estarmos constantemente com alguém que puxa por nós, nos compreende, recebe e acalma ou com alguém que nos culpa e que nos critica, que nos tenta impedir de sentir o que sentimos ou pensar o que pensamos e que até nos faz acreditar de forma muito subtil, que nunca vamos fazer ou ser o suficiente. Provavelmente seria claro para nós que é a primeira pessoa aquela com quem queremos estar.
E vocês, já repararam na forma como falam convosco? Como é quando algo não corre bem? São os primeiros a deitar-se a baixo ou, pelo contrário, a ter uma palavra de força e de conforto?

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